JORNAL DO

Jahu, abril de 2025
Reservamos esta página para os desenhistas de humor gráfico, por considerá-los artistas completos, uma vez que em cartuns, charges, caricaturas, tirinhas, e ilustrações expressam com poucos traços, humor e diálogos sucintos - criticas fortes da vida e da política com mais clareza e contundência do que muitos textos escritos.
O CARTUNISTA, ESCRITOR, PINTOR, FILÓSOFO E JORNALISTA
CEARENSE HERMÍNIO MACEDO CASTELO BRANCO - MINO


O cartunista, filósofo, escritor, jornalista, pintor, ilustrador e advogado cearense Hermínio Macedo Castelo Branco nasceu em Fortaleza em maio de 1944. Conhecido como Mino, Hermínio ficou famoso por ter criado o personagem Capitão Rapadura.
Formado em Direito, Mino iniciou sua vida profissional ilustrando uma seção de humor esportivo no jornal "O Povo". Participou de um noticiário da TV Ceará (Repórter Cruzeiro) ilustrando as notícias ao vivo, fato inédito na TV brasileira. Participou também da seção de humor da antiga revista "O Cruzeiro" (O Centavo).
Em 1970, enquanto estudava Direito na Universidade Federal do Ceará, Mino
recebeu o convite do então diretor da TV Verdes Mares Mansueto Barbosa para sugerir um símbolo para a emissora.
A inspiração para o desenho da sereia veio através de uma fotografia de sua filha Agnes, quando era mais jovem. .
Mais tarde Mino entrou para o Diário do Nordeste e lançou seus trabalhos de banda desenhada na revista Rivista.


Inspirado no personagem Mickey Mouse, de Walt Disney Mino criou o Capitão Rapadura com o lema "Capitão Rapadura, o herói que tudo atura". Ao contrário de outros heróis, o herói cearense se recusa a usar a violência para combater o mal e não possui outros super poderes, apenas o poder de voar. Suas principais habilidades são na verdade a astúcia, a força de vontade e principalmente o bom humor. A rapadura é a fonte de suas forças.
Em pesquisa do jornal O Globo, o Capitão Rapadura foi escolhido como sendo o mais próximo de um super-herói brasileiro. Em 1997, o Capitão comedor de rapadura chegou a ter uma revista própria que alcançaria 15 números. Como colaboradores desta revista, Daniel Brandão, J.J. Marreiro, Geraldo Borges, Rodriguez Jr. e Klévisson Viana.
Mas, além do Capitão Rapadura, Mino apresentou diversos outros personagens que animariam as páginas da sua coluna Mino Times, do Almanaque do Mino e da revista RIvista, como a Madame Mina, o gênio nacional, poeta Raimundo, Dr. Braz, Virgulino e Maria Pirrita, entre outros.
Mino já publicou os livros: Orson Welles no Ceará; Uma Luz em Cada Um; Alegorias da Maldição: a escrita fantástica de José Alcides Pinto e o Ceará (1960-80) e Capitão Rapadura 40 anos


Mino com suas pinturas na Exposição Mino Total realizada na celebração de seus 80 anos
Humilde, simpático, generoso, defensor dos bons princípios e da não violência, Mino recebe os jovens artistas sempre com palavras de incentivo e de estímulo. Em uma entrevista concedida à revista Rivista afirmou: " Apesar da ênfase dada agora à necessidade de rir como fórmula de saúde, não devemos nos esquecer que o autoconhecimento e a conscientização da realidade fazem parte desse mesmo quadro necessário à saúde.
Não se pode deixar a história para trás, por paradoxal que isso pareça. Ela tem que estar diante de nós, nos mostrando como a nossa ancestralidade lutou e trabalhou para estarmos onde estamos. (...) O que nos falta é ilustrar e condensar os feitos do passado e passá-los para o povo, da forma mais simples possível, principalmente, para todos os estudantes. Ao invés de mulher-pelada vamos desnudar nossa história, descortinar sua beleza, os grandes feitos dos grandes homens, seus sonhos, ideais e aspirações, redescobrindo assim nossa terra e a nós mesmos. ”









